A Lei 12.783,
de 11 de janeiro de 2013, foi publicada no Diário Oficial da União de
segunda-feira (14) e possibilita a redução média de 20,2% nas conta de luz.
As medidas para a redução serão acompanhadas com o aumento da
fiscalização e punições mais severas para empresas que descumprirem contratos.
A lei que prorroga as concessões de geração de energia elétrica
e reduz encargos setoriais de forma a oferecer tarifas menores ao consumidor
foi sancionada, pela presidenta Dilma Rousseff, na segunda-feira (14). A nova
legislação renova as concessões de distribuidoras e geradoras de eletricidade e
cria as condições para a redução média de 20,2% nas contas de energia.
A redução das tarifas será possível porque o governo decidiu
antecipar a renovação das concessões para as empresas de geração, de
transmissão e de distribuição de energia elétrica que venceriam de 2015 a 2017,
além de reduzir ou retirar encargos do setor.
De acordo com o texto, as
concessões de geração de energia elétrica poderão ser prorrogadas uma única
vez, pelo prazo de até 30 anos. Para ter o contrato de geração renovado, as
concessionárias deverão atender aos requisitos estabelecidos pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em relação a tarifas e qualidade do
serviço. O pedido de prorrogação deve ser feito pela concessionária com
antecedência de 24 meses do fim do contrato ou outorga.
A Agência também disciplinará o repasse, para a tarifa final
paga pelo consumidor, de investimentos necessários para manter a qualidade e
continuidade da prestação do serviço pelas usinas hidrelétricas.
"No
início de 2013, a conta de luz ficará até 16,2% mais barata para as residências
e até 28% para as indústrias, dependendo do nível de tensão. Será a maior
redução nas tarifas de energia elétrica já registrada no Brasil. Esta redução
trará menos gastos para as famílias e mais competitividade para nossas indústrias,
que poderão oferecer produtos mais baratos para toda a população",
explica a presidenta.
Tesouro Nacional
A redução de tarifas de energia para o consumidor só foi
possível por que o governo diminui o montante que o Tesouro Nacional terá de
desembolsar. A taxa de fiscalização cobrada pela Aneel nas contas de luz foi
reduzida de 0,5% para 0,4%.
Como a taxa tem impacto direto sobre a tarifa final, a Aneel
dividirá com o Tesouro os custos para reduzir o preço da energia no nível
estipulado pelo governo. Na prática, a perda de arrecadação da agência
reguladora beneficia o Tesouro, que precisará pagar menos para garantir o
barateamento das contas.
A lei também prevê a
possibilidade de que usinas térmicas consideradas estratégicas pelo governo
possam ser contratadas diretamente como energia de reserva, em vez de passarem
por licitação. Esse sistema é aplicado nas contratações de usinas de biomassa e
eólicas (movidas a vento) e foi estendido às termelétricas cujas concessões
vençam daqui para a frente.
Até agora, essas usinas podiam vender a energia não utilizada no
mercado livre, que cobra preços altos quando os reservatórios das hidrelétricas
estão baixos. No novo modelo, as termelétricas que forem contratadas como
energia de reserva receberão uma remuneração fixa quando a energia não precisar
ser usada. Se for necessário despachar a eletricidade, as usinas serão
remuneradas pelo valor do combustível utilizado.
Fonte: Jusbrasil.com.br