Cronica sobre a velhice

Fiz um acordo de coexistência pacifica com o tempo: nem ele me persegue, nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra”.
Já dizem os antigos que envelhecer é compulsório, mas amadurecer é opcional. Considerando que envelhecer é agregar anos à existência e amadurecer é fazer isso com sabedoria. A primeira qualidade do sábio é ter humildade, onde se aprende que a vida não é apenas viver, mas saber viver e saber amadurecer. São dois os tipos de  pessoas que envelhecem: as de maneira amarga, com postura de vitima, sem animo de olhar para trás para buscar nas lembranças algo ameno e sem vontade de olhar para frente por não ter perspectiva; a outra é aquela que vive  driblando o tempo, apenas para viver o presente, mas também sabem olhar o passado, através de uma memória, sem deixar de ter um no futuro, mantendo os sonhos e projetos vivos. O ator Mário Lago, quando questionado sobre a velhice disse a seguinte frase: “Fiz um acordo de coexistência pacifica com o tempo: nem ele me persegue, nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra”.  Assim, é necessário ter construido uma vida correta, com saude, mantendo a consciencia de nossas limitações, que gera a vontade e a  transforma em disciplina, ter paz, iniciando-se pela convivência familiar e, sem ficar longe do amor que tem um componente forte, lógico, que depende do cotidiano, da construção conjunta de uma relação prazerosa e amorosa e dizer com os olhos mirando o horizonte: “Confesso que Vivi!”, como disse Pablo Neruda.
Desta forma, cabe a cada indivíduo, na adversidade desta vida buscar hoje não ficar velho, alimentando o sonho da juventude eterna, pois a velhice é retratada como um estigma de imprestabilidade, mas na verdade,  ficar velho, amadurecer significa sobreviver  à dureza da vida em paragens inóspitas, é galgar o status de admiração e respeito.
Fonte: Glória Regina 

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