25 outubro 2011

Prostitutas na Idade Média – Renascimento


A arte de ser cortesã, elas precisavam ser bonitas, cultas e ficar longe dos bordeis. Ser uma cortesã exigia esforços e estudo. As mulheres que ganhavam fortunas para serem amantes de nobres ricos aprendiam o ofício com a mãe ou a avó. Sabiam o que era preciso para ser uma cortesã de sucesso:
Ter boa aparência
Ser limpa
Falar fluentemente pelo menos dois idiomas – latim era um diferencial
Saber recitar poesias e cantar
Saber pelo menos tocar dois instrumentos musicais
Ser boa em jogos de cartas e de tabuleiro
Vestir-se de maneira elegante e discreta
Não sorrir muito a ponto de mostrar mais de seis dentes – isso evitava a desagradável visão de algum dente faltando
Ter ironia e humor
Usar o dinheiro de maneira racional
Nos séculos 16 e 17, as cortesãs dominaram a cena da prostituição na Europa ocidental. Elas não era mulheres públicas e não estavam disponíveis a todos. Pelo contrário, tinham os preços mais altos. “Um beijo de Verônica Franco poderia custar a um veneziano seis meses de salário. Poetas, pintores e homens ricos lutavam pelos serviços de Verônica, e a maioria deles era rejeitada”, escreveu Nils Ringdal em Love for Sale ( Amor à venda, sem tradução). Embora os bordeis e banhos públicos continuassem a existir, as cortesãs nunca freqüentavam esses lugares. Elas viviam de maneira discreta e seguiam um rígido código e conduta para serem bem-sucedidas. Conta-se que o famoso cardeal Richelieu ofereceu certa vez 150 mil moedas de ouro para dormir com Ninon de Lenclos. Ela declinou da oferta dizendo que era uma quantia imprópria para se receber de um amante, mas que ao mesmo tempo era pouco para se dormir com alguém que não se amava. Algumas capitais tentavam regular a vida urbana e a prostituição. Em Berlim, por exemplo, foi criada na época uma aposentadoria para as mulheres que vendiam o corpo: a Caixa de Salvação para Prostitutas. Não existia cidade geralmente com recursos públicos, era arrendado a um administrador que déia recrutar as moças. As prostitutas podiam sair, freqüentar tabernas, mas deviam levar os clientes para o bordel.
Ritos Orientais
As caríssimas profissionais do Japão do século 17.
Acredita-se que a prostituição no Japão começou com a influencia chinesa, ainda no século 8 a.C. Mas foi por volta de 1600 que a atividade ganhou visibilidade e luxo. Nessa época, o Japão estava dividido em feudos e era dominado por xoguns. A região de Edo, onde viviam os guerreiros samurais, tornou-se um centro masculino. Em 1618, foi criada Yoshiwara, a fortificada cidade do amor. O complexo abrigava as mais bonitas mulheres do Japão – pelos preços mais salgados. As prostitutas, chamadas tayo, foram lembradas em musicas e poemas. Yoshiwara não era o único bordel da época – casas de prostituição baratas eram comuns – mas era o maior e mais importante distrito do tipo. Os homens selecionados que entravam visitavam, primeiro, o hall de uma espécie de hotel e pediam saquê e comida. A tayo vinha depois, acompanhada de um séquito de serviçais. No século 18, os visitantes recebiam também as gueixas, que não eram prostitutas, mas os entretinham com músicas, histórias ou rituais de chá. A tayo deveria ser bonita, maquiada e penteada de modo diferente. Seu estilo era copiado pelas japonesas. Ela nunca usava sapatos e seus pés eram protegidos com talco. Não podia falar ou olhar diretamente para o cliente. Um programa com uma tayo mediana poderia custar o equivalente, hoje, a 2 mil dólares e só a menor parte ficava com ela.
Fonte: Bianca Nunes

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Servidor público aposentado pode advogar contra Fazenda que o remunera TED da OAB/SP decidiu que o servidor deve observar o sigilo profissional.

  Tribunal de ética Foto: Gloria Regina Dall Evedove - Minas Gerais/Mg Servidor público aposentado pode advogar contra Fazenda que o remuner...