Mata Hari (1876-1917)
Amante de homens poderosos,
a dançarina holandesa pode ter sido
executada injustamente como espiã.
Mata Hari, nasceu como
Margaretha Zelle, em Leeuwarden, na Holanda, em uma família muito rica. A
fortuna, porém, acabou em 1889, quando ela tinha 13 anos. Sua mãe morreu em
1891 e eu pai virou alcoólatra. Aos 18 anos, casou com um capitão do Exército e
mudou para a Indonésia.
Devido ao prestígio do
marido, ela se tornou figurinha fácil nas colunas sociais locais, aparecendo ao
lado de políticos e diplomatas. Mas, insatisfeita com as traições do capitão,
encerrou o casamento e passou a estudar os costumes e a dança dos indonésios.
Já com o nome artístico Mata
Hari (“olho do dia” ou “sol”, em Indonésio), mudou-se para Paris em 1903. Dois
anos depois, já tinha fama como dançarina exótica. Tornou-se cortesã
(prostituta de luxo) e aprendeu a usar a sensualidade para controlar amantes
importantes, como militares e industriais.
Muitas viagens, presentes e
contatos poderosos consolidaram o prestígio de Mata, respeitada como uma
artista boemia de espírito livre. Mas a 1ª Guerra Mundial muda os valores
sociais, e o que era interpretado como sensualidade e talento começa a ser
visto como promiscuidade.
Como ela transitava por
círculos influentes, Mata foi interrogada pela agencia britânica MI5 e admitiu
trabalhar para a inteligência francesa. Em 1917, os franceses interceptaram uma
mensagem alemã via rádio, que citava um agente duplo com o codinome H-21.
Agentes da França
conseguiram “decodificar” a mensagem e, usando os registros do interrogatório
da MI5, concluíram que Mata Hari era o agente H-21. Mas hoje os historiadores
suspeitam que a mensagem era falsa, criada especialmente para incriminar a
dançarina.
Em 13 de fevereiro de 1917,
ela foi presa pela polícia em seu quarto no hotel Elyssee Palace, em Paris. A
cortesã foi acusada de ser uma espiã alemã, responsável indireta pela morte de
milhares de soldados ingleses e franceses durante a 1ª Guerra Mundial.
Alegando inocência, mas sem
o apoio de nenhuma testemunha. Mata Hari foi julgada e condenada à morte por
fuzilamento. Morreu em 15 de fevereiro de 1917.
Fonte: Livro Femme Fatale e
Mundo Estranho.
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