O que é consciencia?


Consciencia é algo que todos acreditamos possuir, mas cuja definição exata é um antigo desafio para os filósofos. Cientistas buscam resolver o mistério com técnicas que vão de medições da atividade cerebral por mapeamento neurológico e eletroencefalogramas até  MEDITAÇÃO. As pesquisas revelam que a consciência é apenas uma pequena parte da atividade cerebral, mas que demanda um esforço enorme para ser criada a partir das informações recebidas sensorialmente. Experimentos mostram em que o tempo decorrido entre o estimulo externo e a formação da percepção consciente é de cerca de meio segundo – mas esse lapso é “editado” pelo cérebro para mante-lo imperceptivel. O resultado é uma mente consciente que nos permite fazer mais do que apenas reagir aos estímulos externos, como organismos simples fazem. Nossa consciência nos mune com o sofisticado modelo mental da realidade, que traz grandes vantagens evolutivas na batalha darwiniana pela sobrevivência em ambientes que mudam constantemente.
Budismo, criado pelo filósofo Sidarta Gautama (563-483 a.C), tem como base lidar com as varias imperfeições da vida. A doutrina dá ênfase especial ao uso da meditação para a observação de como a mente busca e fontes de felicidade temporária com freqüência, mas frusta-se quando as encontra. O Budismo também destaca a importância do “sati” – esforço consciente para viver no presente, e não no passado ou perseguindo o futuro.
Linha do tempo estudando a consciência:
528 a.C. – O filosofo indiano Sidarta Gautama (Buda), estabelece o estudo e o controle da consciência como bases do movimento hoje conhecido como Budismo.
401 a.C. – O filosofo e santo católico Agostinho de Hipona identifica o autoconhecimento como um aspecto fundamental da consciência, declarando: “Eu entendo que eu entendo” .
1690 – No Ensaio Sobre a Compreensão Humana, o filósofo ingles John Locke define consciencia como “a percepção do que se passa em nossa mente”.
1874 – O psicologo alemão Wilhelm Wundt retira a consciencia do campo puramente filosófico e defende seu estudo por meio de instrospecção.
1890 – William James psicólogo pioneiro da Universidade de Harvard, rejeita o dualismo cartesiano e conclui que a consciência é apenas um produto da atividade cerebral.
1979 – O neurologista norteamericano Benjamim Libert descobre o lapso de meio segundo entre a atividade cerebral e a decisão consciente de agir. O cérebro “edita” o atraso para manter nossa consciência em compasso com a realidade.
1988 – O psicólogo Bernard Baars propõe a teoria do Espaço de Trabalho Global, segundo a qual a consciência é o que traz os processos inconscientes para o centro de um “palco” mental.
1999 até hoje – O surgimento de métodos para mapeamento cerebral, como a ressonância, proporciona um grande interesse no estudo da consciência pela observação da atividade cerebral com um detalhamento sem precedentes.
Fonte: Knowled e - BBC/2009

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