Maniaco do Parque – Francisco de Assis Pereira



            Movido por sangue, o maníaco do parque gostava de ver o terror no rosto das garotas antes de estuprar e matar.
            Nasceu em Guaraci, interior de São Paulo, perto de São José do Rio Preto, quando criança, teria sofrido abusos sexuais de uma tia. Já adulto, passou por experiências homossexuais forçadas com um de seus chefes.
            Simpático e com boa lábia, Francisco era um patinador habilidoso, participando de grupos e de campeonatos. Um colega de esporte feriu seu penis numa relação sexual. Isso causava dores no maníaco e ajudou a identificá-lo graças ao depoimento de vitima que conseguiu escapar.
            Francisco vivia lutando contra seu instinto predador e rezava um terço para conter seus impulsos. Ele dizia ter um lado negro que nem seus pais conheciam e que ficava excitado, malvado e carente (tudo de uma vez) quando relembrava o que tinha feito em seus assassinatos.
            O  cenário dos crimes, todos em 1998, era uma área de mata Atlântica da capital paulista: o parque do Estado. Francisco abordava as garotas convidando-as para fazer um ensaio fotográfico. Depois de humilhar, espancar e estuprar, estrangulava a vitima com um cadarço.
            Em julho de 1998, sete corpos são encontrados no Parque do Estado. A imprensa destaca o caso e vitimas que escaparam fazem contato com a polícia. Um retrato falado leva a investigação até uma empresa de motoboys, onde é encontrada a carteira de identidade de uma das vítimas.
            O cerco fecha e ele foge para Itaqui/RS, onde é reconhecido por um pescador. As mordidas nas vitimas, um indicador de que ele flertava com o canibalismo, serviram para moldar a arcada dentaria de Francisco e compará-la com imagens de seu sorriso num vídeo de patinação.
            Após 72 horas de interrogatório, confessa o assassinato de dez mulheres e pega 147 anos de prisão. Na cadeia, recebe cartas de admiradoras e se casa com uma senhora de 60 anos. Mas nem tudo são flores: Francisco foi ameaçado de morte pelo colega de pátio Pedrinho, o Matador.
            Virou protestante e foi dado por morto, por engano, numa rebelião em Taubaté, em 2009. Cumpre pena em Itai/Sp, numa penitenciária para criminosos sexuais.
Fonte: Danilo Cezar Cabral – Revista Mundo Estranho

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