DESPREPARO PARA A FUNÇÃO
Juiz que intimidava com arma
de fogo é aposentado
Palavras de baixo calão,
gritos, castigos a quem lhe contrariava e intimidação com uma arma de fogo que
ele mantinha, por vezes, no seu escritório. Esses foram os comportamentos que
fizeram com que o juiz da 7ª Vara Criminal da Capital, Adeildo Lemos de Sá Cruz
fosse aposentado compulsoriamente, por assédio moral, pela Corte Especial do
Tribunal de Justiça de Pernambuco.
De acordo com o relator do
processo administrativo disciplinar, desembargador Silvio Beltrão, cerca de 60
funcionários pediram transferência da 7ª Vara Criminal nos últimos cinco anos
por não suportar os maus tratos e a pressão a que eram submetidos. "Uma
funcionária chegou a urinar dentro do escritório porque o juiz não lhe deu
permissão para ir ao sanitário", afirmou Beltrão, para quem, com o seu
"comportamento inadequado e incompatível com a sua função", o
magistrado feriu a Lei Orgânica da Magistraturam (Loman) e o Código de Ética da
Magistratura.
Entre os abusos que teriam
sido cometidos por Adeildo também foi citado que ele desviava pessoas de seu
trabalho para atender a pedidos pessoais. Um funcionário seria obrigado a lavar
seu carro diariamente, enquanto outra funcionária tinha de comprar leite
instantâneo para o seu cafezinho com o dinheiro da gratificação a que ela tinha
direito. A uma servidora que o contrariou, ele obrigou a ficar de castigo,
sentada defronte a uma parede em um canto da sala. Com informações da Agência
Estado.
Revista Consultor Jurídico, 11 de abril de 2012
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